domingo, 1 de março de 2009

Últim(o)acto.


Let's put things straight.

E antes que te convencas do contrário, deixa-me dizer que não sou uma principiante nestas coisas do amor. Os meus vinte anos são tenros e cheiram a leite, mas levam ás costas outros tantos de batalhas até á morte e duelos de titãs. Este jogo do silêncio e dos travões a derrapar no gelo , já eu o fiz há muito tempo, sem armaduras nem capacetes, chagas feitas corpo. Este braço-de-ferro cordial, de irritações mudas e conversas ofendidas, é-me tão familiar como o afecto a meio-gás que proporciona. Uma festa, mas só ás vezes. Um abraço quando for conveniente. Um beijo aqui e ali, a ter a certeza que é bem-vindo e não deixa mácula, cuidado que alguém vê. Todas as estratégias de não-fazer e não-dizer, já eu pus em prática mil vezes, ensaiadas e estudadas ao pormenor, dissecadas em frente ao espelho. Não matam, mas vao moendo, até reduzirem a pó o gineceu de qualquer flor, por mais que esta queira vingar. Como te disse, eu não sou principiante nestas coisas do amor. Palavras ácidas e díficeis, como-as eu ao pequeno-almoço, de cara lavada e sorriso no rosto, costas prontas para o açoite verbal.
Na verdade, sou é meia-mulher meio-bicho, uma fera ferida como dizia o outro, que morre de medo de outra surra.

4 comentários:

Anónimo disse...

Não é a ilusão do irreal a sentir se “somaticamente”, é um pouco mais.

Prefiro guardar te como eras, prefiro guardar aquele mundinho que eu inventei e fazer dele a historia mais bonita que alguma vez tive.

Hmm… Gostei particularmente do título.

B´well.
*

(a)Mora disse...

No fundo,

:)

Francesca disse...

Wow.

Maria Brito disse...

café?!