quinta-feira, 16 de outubro de 2008
04:32
Avanças e retrocedes sucessivamente. A tua identidade sofre metamorfoses e mutações, em vez de se reafirmar. Rodopias num delírio visual e auditivo, em frente á televisão, de comando na mão, para depois desviares o olhar e serem essas as imagens que continuas a ver. Para depois a tua vida se tornar num filme que viste e gostaste especialmente, daqueles "que tocam" e fazem chorar, que sonhaste ver de mão dada com alguém mas acabaste por ver sozinho, entregue á tua fealdade e deprimente simplicidade de seres só mais um. Para depois te sentares numa mesa demasiado pequena, a ingerires uma refeição que não cozinhaste e que tráz em si o sabor amargo da falta que te faz a tua mãe.
Comes e amaldiçoas fervorosamente aqueles cujas vidas são "normais" e têm tudo aquilo que não tens, sem te aperceberes que a insatisfação está impregnada em ti e nos demais,e que a verdade é feia e é essa.
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4 comentários:
Detesto a expressão que vou utilizar, mas não vejo outra maneira de pôr a coisa: identifiquei-me em algumas (maioria) das coisas que escreveste. E é isto *
04:35
3 minutos depois. Sei o que dizes. As tuas palavras são tão reais como o sentimento que passa por elas.
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=389533332
acho ques está em sintonia.
sequeira
E, de repente, somos todos um pedaço do teu amontoado de palavras com muito nexo.
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